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Novena a Santa Luzia: A Bela Mártir

O nome Luzia (ou Lúcia) vem da palavra latina lux, que significa “luz“. A luz é algo bonito de ver porque, como disse Ambrósio, ela foi feita para ser naturalmente agradável à visão.  

Santa Luzia
Santa Luzia

Ela se espalha sem se sujar, por mais sujos que sejam os lugares onde ela aparece. Seus raios seguem uma linha reta e, sem demora, podem percorrer grandes distâncias. 

Por isso, o nome Luzia é adequado para essa virgem bem-aventurada, que brilha com a pureza da virgindade, sem nenhuma mancha, que espalha calor sem mistura de amor impuro, que vai direto a Deus, sem desviar-se, e que segue sem hesitar ou negligenciar o caminho do serviço divino.  

Lúcia também pode vir de lucis via, que significa “caminho da luz”. 

Lúcia, virgem de Siracusa, de origem nobre, ouviu falar da fama de Santa Ágata por toda a Sicília e foi até o túmulo dela com sua mãe, Eutícia, que sofria de hemorragias havia quatro anos e não tinha esperança de cura.  

Naquele dia, durante a missa, foi lida a passagem do Evangelho em que Jesus cura uma mulher com a mesma doença (cf. Mt 9, 20-22; Mc 5, 25-29; Lc 8, 43-48). 

“Se acreditas no que foi lido, deves crer que Ágata está na presença dAquele por quem ela sofreu. Portanto, tocando o túmulo dela com fé, logo estarás completamente curada.” 

Depois que todos foram embora, mãe e filha ficaram orando perto do túmulo. Lúcia adormeceu e teve uma visão: ela viu Ágata, cercada por anjos e adornada com pedras preciosas, que lhe disse: 

“Minha irmã Lúcia, virgem toda devotada a Deus, por que pedes a mim o que tu mesma podes conseguir, neste instante, para tua mãe? Fica sabendo que ela acaba de ser curada pela fé.” 

Lúcia acordou e disse à mãe: 

“Mãe, tu estás curada. Em nome daquela por quem acabaste de ser curada, peço-te que não me procures um esposo e que meu dote seja distribuído aos pobres.” 

A mãe respondeu:

“Depois que eu morrer, tu poderás dispor dos teus bens como quiseres.” 

Lúcia então retrucou:

“Se me dás alguma coisa após a tua morte, é porque não podes levar contigo. Dá-me enquanto estás viva e serás recompensada.” 

De volta para casa, as duas venderam os bens e deram o dinheiro aos pobres. Quando o noivo de Lúcia soube disso, perguntou à mãe dela o motivo. Ela respondeu que Lúcia tinha encontrado um investimento mais seguro e rentável e estava vendendo os bens. 

O noivo, acreditando que era um negócio comum, passou a ajudá-las na venda. Mas, quando descobriu que todo o dinheiro havia sido dado aos pobres, ele a levou à justiça, diante do cônsul Pascásio, acusando-a de ser cristã e de desobedecer às leis do império. 

Pascásio convidou Lúcia a sacrificar aos ídolos, mas ela respondeu: 

“O sacrifício que agrada a Deus é visitar os pobres e prover às suas necessidades, mas como não tenho mais nada a dar, ofereço a Ele a mim mesma.” 

Pascásio disse: 

“Tu podes dizer isso a um cristão insensato como tu, mas a mim, que executo os decretos dos príncipes, é inútil argumentar assim.” 

Lúcia respondeu: 

“Tu executas as leis de teus príncipes; eu executo a lei do meu Deus. Tu temes os príncipes, eu temo a Deus. Tu não gostarias de ofendê-los; eu evito ofender a Deus. Tu desejas agradá-los; eu anseio ardentemente agradar a Cristo. Faz então o que julgares útil para ti, e eu farei o que sei que me será benéfico.” 

“Tu executas as leis de teus príncipes; eu executo a lei do meu Deus. Tu temes os príncipes, eu temo a Deus.” 

Pascásio a chamou de “meretriz” e Lúcia respondeu: 

“Pus meu patrimônio num lugar seguro e nunca conheci os que depravam espírito e corpo.” 

Pascásio perguntou: 

“Quem são esses corruptores?” 

Lúcia respondeu: 

“Os que corrompem o espírito são vós, que aconselhais as almas a abandonarem o Criador. Os que corrompem o corpo são os que preferem os gozos corporais às delícias eternas.” 

Pascásio ameaçou-a: 

“Vais parar de falar quando começares a ser fustigada.” 

Lúcia respondeu prontamente: 

“As palavras de Deus nunca terão fim.” 

Pascásio então perguntou: 

“Então tu és Deus?” 

Lúcia respondeu: 

“Eu sou escrava do Deus que disse: ‘Quando estiverdes em presença de reis e de juízes, não vos preocupeis com o que dizer. Não sereis vós a falar, pois o Espírito Santo falará por vós’ (Mc 13, 11).” 

Pascásio indagou: 

“Então o Espírito Santo está em ti?” 

Lúcia respondeu: 

“Os que vivem em castidade são templos do Espírito Santo.” 

Pascásio, furioso, ordenou que Lúcia fosse levada a um lupanar para ser violada e perder o Espírito Santo. Lúcia, corajosamente, disse: 

“O corpo só se corrompe se o coração consentir. Se me fizeres sofrer, será contra minha vontade e ganharei a coroa da pureza. Jamais terás meu consentimento. Eis meu corpo, pronto para qualquer tortura. Por que hesitas? Começa a me atormentar, filho do diabo.” 

Pascásio, então, mandou trazer homens para levá-la, mas o Espírito Santo fez com que ela ficasse imobilizada, e nenhum esforço foi capaz de movê-la. Até mil homens e mil pares de bois foram chamados, mas nada funcionou. 

Quando ele perguntou sobre os “malefícios”, Lúcia respondeu: 

“Não são malefícios, são benefícios de Cristo. E mesmo que trouxesses dez mil homens, não me verias menos imóvel.” 

Pascásio, acreditando que poderia livrar Lúcia de uma “mágica” lançando urina sobre ela, mandou fazer isso, mas ela permaneceu imóvel. Furioso, ele mandou acender uma grande fogueira ao redor dela e derramar óleo quente sobre seu corpo. Após esse sofrimento, Lúcia exclamou: 

“Obtive uma trégua no meu martírio para que os crentes não tenham medo de sofrer e os incrédulos tenham mais tempo para me insultar.” 

Quando Pascásio ficou ainda mais irritado, seus amigos enfiaram uma espada na garganta de Lúcia. Ela, porém, não perdeu a calma e disse: 

“Eu vos anuncio que a paz foi restituída à Igreja, porque hoje Maximiano acaba de morrer e Diocleciano, de ser expulso do seu reino. Da mesma forma que minha irmã Ágata foi eleita protetora da cidade de Catânia, assim também fui eleita guardiã de Siracusa.” 

Enquanto falava, chegou um grupo de funcionários romanos, prendeu Pascásio e o levou a Roma, onde foi condenado por corrupção e executado. 

Lúcia, no entanto, permaneceu no local de seu martírio até falecer, após receber o Corpo de Cristo. Ela foi sepultada ali, e, mais tarde, uma igreja foi construída sobre seu túmulo. Seu martírio aconteceu por volta do ano 310, durante o reinado de Constantino e Maxêncio. 

Referências: 

Jacopo de Varazze, Legenda Áurea: Vidas de Santos, tradução de Hilário Franco Jr., São Paulo: Companhia das Letras, 2003, pp. 77-80. 

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